domingo, 23 de setembro de 2012

O Bom, O Mau e O Feio

- If you shoot, shoot, don't talk!

  Survivor retornou... Finalmente em uma locação diferente. É legal vermos o pessoal em uma nova paisagem. Depois de alguns meses sem o meu reality show favorito, foi legal rever o show. Será que eu gostei porque foi legal matar a saudade ou porque foi bom mesmo? Eu respondo que foi pelos dois motivos. O retorno foi bom também pelo aspecto qualidade. Achei por algumas limitações naturais para a edição (retornantes, três tribos) o episódio cumpriu razoavelmente bem o seu papel de mostrar as histórias de cada tribo, bem como os seus personagens mais relevantes.
  Na Tandang, vimos uma aliança de 4 já formada, com a brasileirinha, RC, Pete e Skupin. Me surpreendeu, porque não esperava ver uma aliança dos mais jovens da tribo com Michael, pelo fato de não esperar essa postura. Dessa tribo, além de Mike, gostei muito de RC. Achei que ela se impôs como uma líder na aliança, e achei ela interessante. Pode ser que ela me decepcione daqui pra frente, mas achei ela engraçadinha, pelo menos. Não me impressionei com Abi-Maria. Ela só apareceu como uma flertadora, a Parvati 1.0, que só queria seduzir todo mundo, mas sem nenhum esquema de jogo definido. Pete apareceu no que, para mim, é um dos confessionários mais felizes na definição de um personagem, onde vimos um garoto bobalhão diante de uma gostosa. A surpresa de ver essa aliança formada também se deve pelo fato de não imaginar ver RC e Abi-Maria aliadas com Pete. As duas pareciam ter um perfil que demonstrava uma propensão maior para se aliar com Lisa, por exemplo. Essa que acabou ficando excluída da tribo por ora pelo fato de ainda não estar 100% no jogo. Ela parece ser uma pessoa legal, mas o fato de ser uma mulher, mais velha e numa tribo de 6 e ainda excluída da aliança principal... Se a Tandang for para o Conselho Tribal, a atriz corre um sério risco. Tudo bem que Mike parece estar disposto a salvá-la, mas isso é muito pouco para se ter certeza que Whelchel continuará no jogo. Porém, Rob Cesternino lembrou bem na última edição de seu podcast que já tivemos quarentonas nessa mesma situação e que souberam dar a volta por cima. Se ela conseguir se recompor e se socializar com a galera dominante, pode evoluir bem ao longo da competição. Por fim, a edição em um trabalho esplendoroso, não mostrou Artis em um confessionário qualquer.
  A Kalabaw mostrou uma dinâmica diferente, onde vimos todos se voltarem contra o retornante (Penner). Jeff se impôs como o líder, até de forma mais ou menos natural, mesmo com uma contusão. Ele se utiliza da estratégia Gary Hawkins, ou seja, não revelar o seu passado. De fato, Jeff não fedeu nem cheirou pra mim, mesmo eu sendo fã do Penner. Até acho legal Penner ter que encarar essa dificuldade inicial. Kalabaw que acabou sendo a tribo mais prejudicada pela edição. Vimos alguns confessionários inexpressivos de Dana e Katie falando sobre Penner, mas nada mostrando de fato como elas são, o que pretendem para o resto do jogo, etc. Carter foi outro que não falou nada o episódio inteiro. Ao menos eu gostei de Sarah. Me surpreendeu positivamente foi o fato dela ter se entendido bem com o resto da tribo, por ora. Gostei dela nos depoimentos, me pareceu bem calma e simpática. Tem o bônus dela ser de fato (não me parece que está fingindo) que é fã do show. E mais ainda o fato dela ter sacado que Jeff é um jogador de beisebol famoso. Com certeza essa história vai render mais um pouco. Ela tem tudo para ser a grande figura dessa tribo ao lado de Penner e eventualmente Jeff. Mas o fato da edição ter sido muito rasa em relação aos novatos na Kalabaw, não vimos com que Sarah pode se entender melhor. Será que rolou alguma coisa entre ela e Carter? Será que ela fez um acordo Final 3 com Dana e Katie? Não dá pra saber, pois a edição não mostrou quase nada dessa tribo, só o fato de todos estarem contra Penner.
  Por fim, a Matsing. Das previsões, posso dizer que uma das que eu acertei em cheio foi sobre o fato dela ser a primeira tribo a ir ao Conselho Tribal. Falei que achava essa tribo heterogênea demais, com Swan, Malcolm e Zane, e ao mesmo tempo Angie e Denise. Pessoas de idades e personalidades muito diferentes. Gostei de Malcolm e Denise, pois me parecem ser dois jogadores que, embora bastante diferentes, podem render muito bem no jogo. Não sei se essa aliança entre os dois vai durar (ainda acho que Denise corre risco em uma nova derrota da Matsing), mas se durar, pode ser até um potencial Final 2. Mas além do jogo, gostei da personalidade dos dois. Me parecem ser dois personagens interessantes além da parte da estratégia. Malcolm ainda é um cara com recursos de provedor, coisa que pode colocá-lo em perigo futuramente, pois o transforma imediatamente um alvo. Me surpreendi positivamente com Angie, que ao lado de Sarah foram as surpresas agradáveis da premiere. O que me agradou na loira é que pelo menos ela não pareceu uma idiota total, como chutei no preview da temporada. Gostei de alguns confessionários, em que ela mostrou atitude ao reclamar de Swan. Acho que em parte gostei bastante dela porque definitivamente não esperava nada dela. Roxy apareceu pouco no episódio. Parece ter personalidade, mas isso ficou pouco aparente, pois em nenhum momento ela teve algum momento de destaque. Preciso ver mais dela para formar alguma opinião, mas pelo quesito beleza, ao lado de Angie, são as duas mais gatas da temporada. Por fim, eu mais uma vez vou contrariar a opinião da galera da comunidade: gostei de Zane. Achei ele mais maluco e muito mais engraçado do que eu vi na preview. Porém, ele acabou cavando bem fundo a sua cova ao fazer uma aliança com todo mundo na tribo e em seguida contar para Swan e Malcolm, ir muito mal no Desafio, dizer que a tribo deveria eliminá-lo por causa desse desempenho e pra botar a cereja no bolo, contar pra todo mundo que Swan talvez tivesse um Ídolo. Com essa lista, ele cumpriu todos os requisitos para ser uma perfeita first boot. Uma pena, pois poderia render algumas risadas. Mas a eliminação foi totalmente merecida.
  Vou falar agora dos retornantes de forma isolada, pois por mais que eu não goste deles da presença deles com os novatos, eles são os grandes protagonistas da temporada. O título desse post foi tirado de uma entrevista que o Cesternino deu a um blog falando sobre o primeiro episódio. Ele definiu de forma brilhante o desempenho dos retornantes: O Bom (Michael), O Mau (Penner) e O Feio (Swan). Michael pra mim de todo mundo, foi o que teve uma edição de vencedor. De cara, começa com a chegada da Tandang e uma micro-inserção da trilha sonora de Australian Outback. Pra quem não reparou, atentem aos 19 min. e 12 s. É curta, porém, notável, pois a trilha de Australian é uma das mais marcantes, senão a melhor trilha musical do show. Nenhum dos retornantes recebeu uma distinção parecida. Mas a coisa ficou ainda melhor para Skupin quando ao invés de correr atrás de uma aliança, a aliança foi até ele. E ele aceitou o convite de RC com a maior naturalidade. E nessa aliança com RC, Abi-Maria e Pete, ele tem boas chances de ganhar, pois tirando a morena, não vejo por enquanto em nenhum dos dois capacidade de ser defender num FTC. "Minha estratégia é ir de acordo com o jogo. Se eles forem devagar, eu vou devagar. Não seja a pessoa que se joga na liderança", disse Skupin no confessionário. Perfeito. Essa estratégia e a calma que ele demonstrou nesse episódio podem levá-lo muito longe. Só precisa tomar cuidado com duas coisas: 1- Se manter vivo até o fim do jogo. O que ele se cortou no episódio foi uma coisa de louco! Ri muito. Vou botar aqui o vídeo pra que vocês possam ver melhor e para que a CBS não corte depois. 2- Lisa. Acho que ele tem que botar a cabeça no lugar e perceber que por mais que Lisa pareça ser legal, acho ela uma ameaça maior do que os jovens inquietos com os quais ele está se aliando. Sim, é legal ele construir uma relação de amizade com ela para se beneficiar disso no futuro, mas ele precisa continuar nesse caminho. Já Penner ficou numa situação bastante complicada em sua tribo. Sim, ele tem a pista para o Ídolo, mas se isolou da tribo, que já não gosta dele logo de cara. Nos depoimentos de Dana e Katie isso ficou bem claro, além da cena inicial onde os novatos, liderados por Jeff, já se armam contra Penner. Ele vai ter que usar de sua lábia já famosa para voltar as graças de sua tribo (SPOILERS SURVIVOR FANS VS FAVORITES: Se você já viu, passe o cursor por cima da parte em branco:). Em Micro, Penner conseguiu se entender bem com um grupo de novatos na Airai pós-twist e ao lado de Eliza, pareciam ir bem. Se repetir isso agora, pode se dar bem. Por fim, Swan foi muito mal nesse episódio. O que me supreendeu, pois o Swan que eu vi em Samoa era um cara legal na perfeita definição da palavra. Porém, esse Swan que disse que não queria ser um líder e acabou sendo um ditador, e dos ruins, me supreendeu muito negativamente. Acho que ele só se salvou pelo fato de existir um Zane em sua tribo. Das duas uma: ou Swan assume de fato o papel que ele se propôs a ser, que é de ser mais um na tribo, ou ele assume esse papel de vez, como ele fez em Samoa. Agora o que não dá, e o que o prejudicou demais foi o fato dele dizer uma coisa e fazer outra. Por fim, a melhor definição sobre Swan nesse episódio foi de Malcolm: "Faça o que Russell diz, mantenha-o feliz e depois veremos o que vamos fazer depois.". Mesmo com um possível Ídolo (ele só tem a pista), se Swan continuar sendo essa mala que ele foi no episódio 1, pode se dar mal mais cedo do que se imagina.
  É isso. Gostei de um modo geral de Malcolm, Denise, Sarah, Angie e RC, mas principalmente de Michael. Por ora, Skupin é a minha grande torcida da temporada. Mas como estamos muito no ínício, há uma grande chance de minha opinião mudar.

Comentários aleatórios:

- Gostei muito da volta da abertura. Mas por favor produção, mantenham-na! Por favor! A abertura é uma das tradições que nunca deveria ser quebrada. Valorizem as estrelas de seu show.
- Desafio legal. Alguém na comunidade (desculpe você, esqueci o nome, mas pode reclamar aqui nos comentários ou lá na comunidade) falou que foi legal a volta dos desafios com trechos na água. Mas foi um desafio típico de primeiro episódio: três níveis, sendo que um deles (normalmente o último) é de quebra-cabeça. Nada de revolucionário aí, mas foi bem legal mesmo assim, principalmente pela disputa equilibrada entre a Tandang e a Kalabaw pelo primeiro lugar.
- Falando de um outro reality show, vi a última temporada do The Amazing Race, a vigésima. E me surpreendi ao ver uma das minhas temporadas favoritas do show. O TAR 20 é melhor do que TODAS as temporadas de Survivor pós-H vs V. A produção do TAR deu uma aula de como ao mesmo tempo chamar celebridades (Brendon e Rachel do Big Brother americano), mas ao mesmo tempo, equilibrar com um elenco carismático e competitivo. Sem falar que o TAR é a melhor ideia para um reality show. Sim, eu abandonei o show após ver o episódio 2 da péssima temporada 19, mas mesmo com o atraso, foi recompensado com uma bela temporada. E acabo de saber que o TAR ganhou o Emmy e o Survivor sequer foi indicado. Sinal dos tempos. Probst e sua turma tem um longo trabalho pela frente para se recuperarem. Vamos ver se a temporada atual irá retomar um pouco da qualidade que já não vemos desde 2010. E o Phil (apresentador do TAR) hoje chuta a bunda do Probst como apresentador. E aprendam com o TAR, Survivor, a manter a sua abertura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário