Surviviciado

- O Ministério da Saúde adverte: Survivor pode provocar mania de perseguição e paranoia.

CUIDADO SPOILERS DA TEMPORADA 20!!!!!!!

Voltando a postar de depois de um bom tempo devido ao fato de ter simplesmente parado de ver séries graças a um motivo: a descoberta do reality show dos EUA Survivor. Eu tenho um histórico antigo com reality shows, porém o único ao qual realmente acompanhei por mais de um edição foi a falecida Casa dos Artistas, apresentado magistralmente por Silvio Santos (a maior atração do programa, por sinal). Vi depois o BBB 4 e não consegui ver mais nenhuma edição. Meu maior problema com os reality shows sempre foi o fato de este formato de programa ter a pretensão de mostrar uma novela com personagens ditos reais com a mesma emoção de uma novela ou série ou filme. De certa forma, os reality shows feitos aqui no Brasil e inspirados em fórmulas estrangeiras não atingiam o objetivo. Os personagens não eram nem um pouco reais e as pretensas tramas acabam sempre sendo chatas e repetitivas, com pessoas vazias votando em outras por estratégia, por que nós somos amigos e blablá, ou falando de um escândalo de gente transando no edredom, esses fuxicos (No meu caso, em relação ao BBB, não era muito fã do apresentador). Achei que sempre seria um crítico deste formato de programa e que não mudaria minha opinião.

Até conhecer Survivor.

Depois de ver alguns comentários sobre o programa em blogs de séries (o que me impressionou logo de cara), resolvi ver os primeiros episódios da tão falada edição comemorativa número 20, Heroes vs. Villains, com 10 personagens heróicos e 10 personagens vilanescos que marcaram a história do programa competindo pelo prêmio de 1 milhão de dólares. De cara, muitas coisas me impressionaram, desde a produção extremamente elaborada, os participantes descendo de helicópteros militares em uma ilha no meio do Pacífico, falando sobre suas estratégias de jogo e tal. Em seguida o desafio de imunidade, uma verdadeira prova física, não essas idiotas que botam em BBB e mesmo na Casa dos Artistas. A vitória da tribo dos Heróis lhes deu fogo em forma de pederneira. Outra coisa que me encantou foi toda a preocupação com o aspecto de sobrevivência, como fazer abrigos, fogo. Por fim, os participantes. O que chama mais atenção logo de cara são participantes estilo Russell, Parvati, Cirie, Sandra e JT (pelo menos nessa edição, não vi ainda Tocantins), que são vilões maquiavélicos, mentirosos, cheios de armações e esquemas; os bonzinhos que se preocupam em ganhar desafios e sobreviver como Tom, James, Stephenie, Colby, Amanda, Rob; os que passam despercebidos subordinados a personagens mais fortes como Danielle, Rupert, Candice, Coach e Jerri e os personagens que não estão nem aí pra porra nenhuma, como Sugar, Randy e Courtney. Personagens interessantes, com mais conteúdo do que os observados em terras tupiniquins (salvando-se aqui pouquíssimas exceções). Nesse sentido a edição (ou roteiro) é muito bem feita, pois se preocupa em mostrar aspectos realmente relevantes para o jogo, por exemplo, porque o fulano corre risco de sair pois brigou com cilcano ou fez besteira em algum desafio.
Eu honestamente também não acredito na veracidade de Survivor, mas acho que é um entretenimento muito bom, bastante bem feito e com um bom comando (Jeff Probst pra mim é o melhor apresentador desse gênero que eu já vi). Se você gosta de jogos, lá estão. Se você gosta de fuxicos, lá estão também. Se você gosta de estratégia, ela também está lá. Personagens loucos, brigas... depois de ter visto algumas temporadas, não hesito em afirmar que Survivor é o melhor reality que eu vi até agora... Porém, é uma exceção que só confirma a regra. De agora em diante, falarei mais sobre as edições que eu vi até agora (Borneo, Exile Island, Cook Islands, Fiji, China, Fans vs. Favorites, Gabão, Heroes vs. Villains) e das que estou acompanhando (no momento vendo Vanuatu, Palau, Tocantins e Australian Outback), e farei um post semanal comentando sobre a próxima edição que se iniciará dia 15, Survivor Nicarágua. Espero conseguir compartilhar esse vício com outros companheiros e quem sabe formarmos um espaço de discussão sobre o reality.